"No atual quadro económico, o capital humano constitui-se como um dos principiais elementos diferenciadores em termos de resultados, exigindo do gestor que se assuma como um verdadeiro líder. Assim, enquanto uma equipa motivada, coesa e devidamente liderada tende para a exponenciação dos resultados, pela partilha de informação e objetivos comuns, atingindo níveis de excelência, existe o reverso da medalha. De facto, uma equipa sem liderança, tende a fraturar-se, perde a visão do negócio e torna-se negligente, podendo até, em níveis mais adiantados de má gestão, tornar-se algum dos seus elementos permeável ao aliciamento externo. É a insider threat que potencia a espionagem económica e/ou a sabotagem e que atualmente merece grande atenção em atividades 'críticas' como as ligadas à segurança de transportes e de grandes eventos. No futuro, a gestão das pessoas passa por uma liderança interessada e de visão alargada, firmada numa estratégia de equipa transparente, partilhada com os colaboradores, contemplando ainda preocupações com os seus projetos de carreira e eventuais inquietações de ordem social (financeiras, de saúde ...), na promoção de uma sólida 'cultura de empresa', em que cada um se sinta parte importante do todo. Sendo o setor privado o motor desta 'revolução na gestão do capital humano', que já está em marcha, importaria que a 'máquina administrativa do Estado' aprendesse com a boas práticas, premiando a competência, traçando estratégias claras e atuando no interesse comum da sociedade. Porém, mudar mentalidades é bem mais difícil do que fazer procedimentos. Assim a indispensável revolução no aparelho do Estado teima em ocorrer suavemente, 'de forma a que tudo fique quase na mesma'." |